Nada a declarar.

A falta de tempo e a falta de assunto me fizeram calar alguns dias aqui no blog. Depois da corrida de Silverstone a disputa dos pilots ficom em segundo plano já que o escândalo de espionagem industrial envolvendo a Mclaren e Ferrari dominou as machetes. E o que restou da disputa dos pilotos ficou focada àpenas Hamilton, Alonso e à ressurreição mágica de Kimi Raikkonen.

Depois de uma derrota acachapante na França e o azar da largada na Inglaterra o representante brasileiro na disputa foi jogado para a quarta colocação do mundial. E ainda vê seu companheiro de equipe passar por cima dele de modo categórico. Depois dos treinos de hoje parece que essa situação vai continuar. E ainda existe a chance do campeonato cair no colo do melhor piloto colocado da Ferrari, já que a Mclaren sofre sério risco de ser punida, assim como seus pilotos.

Acho que deu pra perceber o tom morno desse texto, e uma falta de ânimo também. Depois do acidente de quarta com o Airbus da Tam realmente qualquer motivo de animação se esvaiu. O caos instalado no país pós-FHC está atingindo seu pico. A violência cotidiana saiu dos parâmetros do que pode ser considerado hediondo para constituir uma loucura descabida e sem precedentes. Nada no país está funcionando, cada dia existe uma nova denúncia, o Pan foi um verdadeiro ralo de dinheiro, investimento em pesquisa virou algo distante, uma utopia; e ainda temos que assistir a bagunça do sistema de transporte aéreo. Morreram mais de 190, mas não é mais grave que tudo de ruim que está acontecendo, apenas foi mais impactante.

Se eu tentar esquecer de tudo isso um pouco e voltar pra Fórmula 1 não consigo deixar de ser parcial e esconder meu desapontamento com os resultados do brasileiro. Parece que foi murchando durante o ano, assim como murchou a esperança depois de anos de eleições diretas.

Tudo não passou de ilusão. Renato Russo já cantou "o Brasil é o país do futuro", com o ceticismo de quem parecia que sabia de tudo.

Abraços!