domingo, 30 de setembro de 2007

Um monte de emoções.


Devastadora. Essa é a palavra que melhor descreve a performance de Lewis Hamilton na pista de Fuji no Japão. No melhor GP do ano o inglês de 22 coroou sua campanha até aqui com uma vitória em meio a um dilúvio e ainda deu banho no bicampeão do mundo com um desempenho impressionante. E com o acidente de Fernando Alonso o estreante abriu 12 pontos de vantagem o que poderá ser o suficiente para o inglês sair campeão do mundo na próxima na China.
Nas primeiras voltas abriu uma boa vantagem sobre Alonso e conseguiu assim retomar a liderança depois das trocas de pneus ficando mais livre do tráfego. E todos pensavam que o espanhol teoricamente teria vantagem correndo na chuva. Será que está nascendo o piloto mais completo da Fórmula 1?

Não tenho como fugir do tom embasbacado do texto mas o que Hamilton fez nesse fim de semana foi algo histórico. Num momento de grande pressão, onde viu seu desempenho cair em relação ao rival direto, com apenas 15 corridas de Fórmula 1 no curriculo, em contraste com o bicampeonato que o companheiro de equipe carrega nas costas chegou ao Japão praticamente zerado na disputa ao título, com apenas dois pontos de vantagem, Lewis teve um fim de semana de gênio. Digno de um campeão.

Fez uma pole heróica na última tentativa no sábado e fez uma corrida digna dos mestres da chuva. Assombroso. Um estreante com um talento que flui de tal maneira que nos faz pensar que já é fácil para ele andar mais rápido que todos. Sabe ultrapassar, sabe cadenciar seu desempenho, quase não erra. Difícil é competir com ele.

Como a hora de Alonso demorou para chegar esse ano conseguiu se aproximar do líder andando muito rápido nas últimas corridas. Mas mesmo tardando chegou e Alonso rodou, bateu e não marcou pontos no fim de semana. A primeira vez no ano. E abriu caminho para o título do ingês.
Vem para o tudo ou nada na próxima corrida já que se chegar atrás do inglês na China não importa a colocação Hamilton sai campeão.

A Ferrari fez o que deveria ter feito. Competiu. Não havia sorte no mundo que superasse a competência dos pilotos da Mclaren; um poderia sair da corrida, os dois saírem ia ser muito difícil. O time italiano se embananou na escolha dos pneus, e assim os dois pilotos foram parar no fundo do grid. Kimi Raikkonen foi rápido o tempo todo e escalou até o pódio.

Felipe Massa levou uma punição e parou uma vez a mais nos boxes, num total de 4. E não é que ao contrário o que todo mundo pensanva andou muito bem na chuva, e foi mais rápido que o finlandês. Foi passando um por um no meio daquele dilúvio, saiu ileso dessa escalada. Alcançou a terceira posição e mesmo com quase o pelotão inteiro mais próximo devido ao safety car, caiu de terceiro para nono depois de cumprir a punição e voltou a ser valente até subir à sexta posição.
E por último fez uma ultrapassagem na volta final em cima de Kubica que vai entrar para os anais da competição. Um momento épico de valentia e determinação de um piloto que já não tinha muito o que perder. Muitos vão torcer o nariz, mas na minha humilde opinião, fez a melhor corrida dele no ano. E um dos melhores desempenhos no geral. E mesmo com o pódio de Raikkonen me impressionou mais que o finladês.

Grande desempenho de Sebastian Vettel, que andava em terceiro e estava com um pódio quase garantido quando bateu na traseira de Mark Webber, outro que fazia grande corrida. Vettel tem 18 anos, estava na sua sexta corrida e mostrou que algo de especial existe dentro do cockpit de sua Toro Rosso. E sua imagem chorando ainda de capacete, de costas para a câmera, foi um daqueles momentos que irão ser reprisados em documentários daqui à alguns anos. Marcante.

Enfim, uma corrida para lavar a alma de quem gosta de Fórmula 1.

Chicotadas na sequência...

sábado, 29 de setembro de 2007

Pra ser campeão tem que fazer assim.

Não poderia ser melhor para o espetáculo. Lewis Hamilton conquistando a pole e Fernando Alonso saindo ao seu lado. Numa longa reta. Com vontade de passar por cima do inglês.
Que autoridade do inglês, que conquistou a pole na última volta quando Alonso certamente já pensava em como iria segurar a ponta saindo da pole. Kimi Raikkonen e Felipe Massa nas posições devidas, terceiro e quarto lugares. Peguei apenas os últimos três minutos de classificação e ficou claro que Massa não tinha o mesmo ritmo dos outros três. Talvez aí confirmando sua menor habilidade em pista molhada. Vai ter que andar forte para não ser ameaçado pela BMW de Nick Heidfeld que sai logo atrás do brasileiro.

Aliás observando os tempos fica claro que realmente a Mclaren e a Ferrari estão em um mundo separado, enquanto a BMW está sozinha e depois vem o resto. Algo incomum. Talvez como disse antes a BMW tem um carro à espera de um grande piloto, e talvez nas mão de Alonso esse ano nessa altura do campeonato a equipe poderia estrar brigando por vitórias.

Grande feito da Honda de... Jenson Button é claro. Conquistou a sexta posição depois da penalidade sofrida por Nico Rosberg, e assim o inglês conquista a melhor posição do ano para a Honda na casa da equipe, ou melhor na casa da rival Toyota. Enquanto isso vai enterrando Rubens Barrichello que nem com chuva não passou sequer da primeira seção da classificação.

Com a chuva esperada amanhã o único que se sobressai é Fernando Alonso, que vai tentar voar de todas as maneiras pra cima de Hamilton. O inglês já declarou que gosta de pista molhada, pelo visto confia no seu taco. Resta a Kimi Raikkonen fazer uma boa largada e tentar ganhar alguma posição.

Desde já o inglês deixou sua marca nesse início da parte de decisiva do campeonato, tirando uma pole num momento crucial. Depois de andar menos que Alonso nas últimas provas Hamilton já deu seu recado ao espanhol, mostrando que pode reagir e voltar andar mais rápido, falta apenas reproduzir o desempenho da classificação na corrida. Pega daqueles de esperar com ansiedade pra assistir.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Monte Fuji


Daqui a pouco começam os primeiros treinos para o grande prêmio do Japão de 2007. Um campeonato incendiado pela diferença de dois pontos entre os líderes do mundial e uma pista nova para todos os pilotos essa corrida tem tudo para ser uma das mais interessantes do calendário desse ano.

Se Lewis Hamilton confirmar seu talento sobrenatural em andar rápido em pistas que não conhece pode levar vantagem em relação à Fernando Alonso. Mesmo assim o espanhol vem muito bem embalado e com sede de vitória. O inglês já avisou com razão que não vai dar mole para o companheiro e se tiver que brigar vai brigar. Vem aí disputa das boas. Reafirmo que o talento do inglês pode desequilibrar essa disputa ao seu favor.

Felipe Massa já disse que se precisar ajudar Kimi Raikkonen na disputa ao título o fará sem problemas. O que ele quis dizer é que vai jogar pelo time e pelo finlandês, fazendo o jogo da Ferrari e assim reafirmar sua posição no time ano que vem. Sad but true.

Pelo que observei o desenho da pista com muita humildade arrisco apostar numa superioridade da Mclaren, já que o traçado apesar de veloz tem curvas fechadas e de baixa velocidade. Não deixa de ser remotamente similar à pista de Monza. E na Itália todos viram como o carro da Mclaren e seu entreeixos mais curto se saíram.
Vale destacar que alguns pilotos que estão com seu lugares ameaçados para o ano que vem irão fazer de tudo para mostrar serviço e fazer politicagem. Como Alonso pode sair da Mclaren e todos esperam uma definiçao por consequência esse período de espera vai servir a quem quer mostrar que ainda merece um lugar no cockpit de seu carro.

Se a pista garantir ultrapassagens poderemos ter uma bela corrida domingo (sábado de madruga). Mesmo assim a briga entre Alonso e Hamilton já vale a audiência para as últimas três etapas.


Abraços.

Ferrari F-430


A espetacular F-430 passando pelo teste do programa inglês Fifh Gear na época de seu lançamento em 2005.
Um carro quase perfeito segundo o apresentador. Pronto para uma pista de corridas e suave o bastante para as ruas. E um motor que vai a 8500 RPM!
O que vale o preço do carro é o barulho do motor.
Borbulha em baixas rotações e grita chegando perto do limite. Incrível.

Sonhar é sempre bom...

Abraços!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O de cima sobe e o de baixo desce.

Esse mês de setembro mesmo com todo o alvoroço sobre o caso de espionagem e o campeonato de pilotos ficando mais apertado do que nunca foi um período pouco fértil aqui no blog. Fico um dia sem escrever, com a idéia de repor no outro dia, chega o outro dia e nada e assim vai.

Já vou direto para o assunto mais pertinente à este que vos escreve. Pipocam boatos sobre a ida de Fernando Alonso para a Ferrari e assim a transferência de Felipe Massa para a Toyota.
Parece uma notícia estapafúrdia, mas na minha visão seria , entre outras possibilidades, a que faz mais sentido para Alonso. Ele saiu da Renault com dois títulos na bagagem com a idéia de atingir outro patamar na carreira, em uma das equipes "eternas" da Fórmula 1. Mclaren, Ferrari e a Willams de anos atrás levam os pilotos campeões à um outro tipo de universo. Salários milionários, regalias das mais variadas, visibilidade ainda maior, acesso ao maiores patrocinadores e possibilidade de pilotarem o carro campeão cada vez que começa um campeonato. Quando um piloto atinge a estratosfera não faz muito sentido descer. Piquet saiu da Willams para uma Lotus decadente e depois Benetton. O que agregou à carreira depois de 87?

O caso de Alonso é muito mais agudo. Ele ainda é bicampeão e é muito jovem e competitivo. Por isso acredito que o espanhol continuar sua carreira na Ferrari ou até na BMW faz muito mais sentido do que um retorno à Renault. Por isso que ele na verdade saiu da equipe francesa em primeiro lugar. Apesar de serem extremamente eficientes, Renault e Briatore não têm os recursos necessários para abrigar o melhor piloto do mundo por um período muito longo.

Felipe Massa ficou relegado dentro desses rumores à uma posição na Toyota. Equipe riquissíma e com sede de resultados, mas que não demonstra ter o potencial humano para ser competitiva acima do sexto lugar no grid. Seria uma enorme ducha de água fria para a carreria do brasileiro, que esse ano demonstrou ser rápido e combativo. Mas o fato de estar 7 pontos atrás de Kimi Raikkonen exatamente agora não ajuda a rebater essas especulações. Ainda existe o rumor de uma aposentadoria de Jean Todt, que deixaria a posição de Massa ainda mais enfraquecida dentro da escuderia, já que Massa é gerenciado pelo filho de Todt, Nicolas. Faz todo o sentido e ao mesmo tempo não. Se Alonso fez uma tempestade dentro da Mclaren por causa de Hamilton como então ficaria ao lado de Kimi Raikkonen, "protegido" dentro da Ferrari?

Se Massa realmente se despedir da Ferrari vai ficar difícil pro torcedor brasileiro engolir o que se passa nesse esporte. Felipe fez uma campanha mais sólida e com mais brilho que seu companheiro, se mostrou mais vivo durantes as disputas em contraste com atuações apagadas do finlandês. Está 7 pontos atrás dele mais por má sorte e diversidades do que por falta de competência. E na minha opinião, por mais que exista uma disputa aberta dentro da Ferrari sustento minha teoria que Raikkonen tem a preferência dentro do time, nos acertos e no desenvolvimento do carro da Ferrari.
Mas talvez a personalidade de Kimi, sempre alheio à políticas e controvérsias, seria a única a suportar o manhoso e mimado Fernando Alonso como companheiro de equipe entre os pilotos de ponta.

O único que sairia na vantagem se tudo isso se concretizasse seria Lewis Hamilton. Rei absoluto dentro da Mclaren, em 2008 o jovem de 23 anos estaria nas nuvens dentro do time mais rico da Fórmula 1. Na verdade acima delas, lá na estratosfera.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Let me entertain you.


Ontem foi aniverário do meu piloto preferido na era Schumacher, Juan Pablo Montoya. Colombiano estrela nos EUA foi para a F1 e teve uma ascensão meteórica. E foi o piloto que mais desafiou Schumacher nas pistas. Além de figuraça fora delas. Era o piloto que a F1 precisava.

Tudo isso também não esconde o fato de que Montoya foi um dos maiores casos de desperdício de talento da história da competição.
Tinha velocidade, arrojo e muita técnica, mas faltou disciplina e sacrifício.
Sofreu pelo preconceito no mundo calculista da F1.

Números do colombiano:

Total de corridas: 95
Vitórias: 7
Poles: 12
Voltas mais rápidas: 12
Pódios: 30
Pontos conquistados: 307

Faz falta esse cara.

Abraços!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Nos idos de 83 os primeiros testes

Um vídeo com os primeiros testes de Ayrton Senna na Fórmula 1. Primeiro com o carro da Willams, onde Frank Willams acompanhou de perto os tempos do brasileiro, que apesar de ter sido muito rápido não foi capaz de convencer Frank de contratá-lo. Pelas próprias palavras do inglês, a política da equipe era não contratar jovens inexperientes. Imaginem o que ele pensa da Fórmula 1 atual, onde um piloto com 27 anos já é considerado "velho".
Ainda tem uma participação de Ron Dennis, sempre muito simpático e sorridente.

Abraços.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Massa fora, Raikkonen quase.

Caminhando para um imprevisível final a Fórmula 1 vai embora da sua "terra santa" Spa para aterrizar em solo novo, o GP do Japão na pista de Fuji, onde nenhum dos pilotos atuais andou com um Fórmula 1. Kimi saiu como o novo rei de Spa, conquistando a terceira prova seguida nessa pista e ainda se distanciou de Felipe Massa.

Já havia dado como carta fora do baralho qualquer piloto da Ferrari, mas Raikkonen se encontra agora 13 pontos atrás de Hamilton e 11 de Alonso. Massa está 20. Todos agora falam que a Ferrari deveria se concentrar em Raikkonen para brigar com as Mclaren, e até Felipe parece que declarou que faria isso sem problema. Um fim de campeonato frustrante pra o brasileiro. Andou muito bem no início do campeonato, se apagou, e quando voltou a ter um ritmo melhor encontrou seu companheiro afinado com o carro. Mesmo assim não vejo grande ameaça de Raikkonen pra cima dos pilotos da Mclaren, esses pontuaram em todas as corridas salvo uma. E se um quebrar ainda tem o companheiro bem à frente de Raikkonen. No fim das contas é mais provável que Raikkonen e até Massa encontrem problemas nas próximas três corridas do que Alonso ou Hamilton.

Seguem as chicotadas da corridas com atraso:

- Se houve uma chance para Felipe Massa largar atrás e conquistar uma vitória era nessa corrida. Larga bem, andou rápido nos treinos e ia ficar uma volta a mais na pista antes do pit stop do que Raikkonen. Na corrida não teve ritmo e deixou Raikkonen abrir 5 segundos.

- E assim o brasileiro continua tendo apenas vitórias conquistas a partir da pole position. Um estigma ruim para um postulante ao título mundial.

- Felipe, assim como os locutores globais, queria deixar a impressão que andava mais rápido que Raikkonen, mas será que o finlandês não estava apenas administrando a corrida nas voltas finais. O brasileiro reclamou que seu carro não tinha equilíbrio na traseira. E o acerto antes da corrida não é responsabilidade dele?

- Alonso é o favorito? Ainda coloco minhas fichas em Hamilton.

- Além disso torço mais para o inglês já que Alonso conseguiu conquistar a antipatia de todos. E melhor dois campeões do mundo correndo do que apenas um.

- Grande show do cara mais chato da Fórmula 1; zerinho de Raikkonen foi cena memorável.

- Grande pilotagem de Nico Rosberg, não tanto pelo sexto lugar mas pelo abismo que existe entre ele e seu companheiro de equipe.

- O pelotão do meio continua apagadíssimo, veteranos como Ralf Schumacher, Trulli e Fisichella estão em fim de carreira, mas Webber, Liuzzi e Wurz, mesmo mais novos, parecem que estão passeando na pista.

- Alonso e Massa estavam no maior papo antes do pódio, nem parecem aqueles dois que trocaram ofensas tempos atrás. Nada melhor do que estar àpenas dois pontos do líder do mundial para renovar o astral de um piloto.

domingo, 16 de setembro de 2007

Quem sabe faz.


Uma vitória de que sabe vencer. Assim foi a conquista de Kimi Raikkonen no GP da Bélgica desse ano. Se o finlandês sabe como sair de posições inferiores e buscar a ponta saindo da pole manteve tudo sobre controle abrindo quase 5 segundos de vantagem para o segundo colocado Felipe Massa já antes da primeira parada. Um ritmo de corrida que fez juz à reputação de Raikkonen de piloto muito veloz. A Felipe restou marcar a volta mais rápida da corrida nas voltas finais, quando seu companheiro já administrava a vantagem. O brasileiro ainda tentou colocar pressão no final, fazendo Galvão Bueno delirar. Em vão, Kimi já tinha tudo sobre controle.

Os dois reais competidores ao título, Fernando Alonso e Lewis Hamilton, fizeram o melhor dos trabalhos de minizar as perdas. Mantiveram suas posições de largada e em nenhum momento colocaram os pontos em risco. Hamilton ainda experimentou algumas passeadas fora da pista tentando ficar na cola de Alonso. Assim, na briga pelo título mais uma derrota de Hamilton, que viu a grande vantagem que tinha evaporar, chegando ao ponto em que a maioria já aponta Alonso como favorito.

Alguma coisa na Mclaren ocorreu de forma que o espanhol vem andando mais rápido que Hamilton, virando jogo para essas últimas três etapas, vindo como o franco atirador para cima do inglês, que vai ter andar como gente grande, tentar ser rápido e ser frio, e também muito controlado para não jogar fora pontos preciosos. Um final eletrizante para esse campeonato.

Outros destaques da corrida foram Nico Rosber beliscando a sexta posição, sempre rápido e competitivo enquanto seu companheiro Alex Wurz parecia não saber pilotar seu Willams, e o combativo Robert Kubica, que mesmo não marcando pontos protagonizou ótimos momentos de briga dentro da pista. Mesmo assim a eficiência alemã de Heidfeld falou mais alto e mais uma vez o companheiro de Kubica foi o primeiro a chegar atrás das Ferrari e Mclaren.

Final de corrida um pouco mais animado que o habitual já que Raikkonen resolveu dar um cavalo de pau na entrada dos boxes e até sorriu por alguns segundos em cima do pódio.

sábado, 15 de setembro de 2007

Que pista! Ah, e teve treino de classificação...

Pinceladas rápidas antes de desligar meu pc:

Mais uma vez briga particular entre Ferrari e Mclaren. Íncrivel o desempenho similar desses quatro pilotos dessas equipes.
Raikkonen mostrou que vinha rápido pra essa pista e levou a pole, mas não teve refresco de Felipe Massa que ficou 17 décimos atrás. E se Massa tem mais uma volta de gasolina no tanque quer dizer que o brasileiro mais uma vez foi mais rápido que seu companheiro. Alonso detonou com Hamilton fazendo o terceiro melhor tempo depois de uma rodada que quase terminou em desastre para o espanhol. Acredito que os pilotos da Mclaren vão se preocupar mais um com o outro do que com a Ferrari e uma possível vitória. Claro que para qualquer um deles o ideal seria as duas Ferrari entre um e outro.

- Rosberg em curva ascendente cravou o sexto melhor tempo e vai sair na quinta posição. O filho de Keke se firmando como um dos novos talentos da Fórmula 1.

- A turma GP2 provando que são os melhores iniciantes na categoria nos últimos tempos. Kovalainen dando suadouro em Fisichella, Rosberg brilhando e Hamilton, bem esse dispensa comentários.

- Já a turma geração Schumacher vai caminhando para o sentido inverso. O ostracismo.

- Que visual, que curvas, que excitante. Calma, estou falando dessa maravilha que é a pista de Spa Francorchamps.

- Até o nome "Eau Rouge" é um espetáculo.

- Não vou negar que depois do resultado de Monza, com essa briga resumida em Hamilton e Alonso, literalmente, por que nem mais disputa de construtores sobrou, acompanhar um fim de semana de corrida não tem a mesma emoção de quando Felipe Massa estava na briga.

- Começa logo esse campeonato de 2008!

Abraços!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A decisão da indecisão.

Após quase uma semana de vácuo aqui no blog volto no meio da ressaca da decisão da FIA sobre o caso de espionagem.

Ainda não consegui definir o que devo pensar sobre o episódio e o resultado. Se por um lado sou fã de equipes como Mclaren, Willams, Lotus e até Jordan algo errado aconteceu. Nunca imaginei que a segunda maior equipe da história da competição seria uma escuderia regida de forma ilícita, se assim posso colocar. Ron Dennis deu seu sangue pela equipe, elevou a Mclaren à posição de empresa vanguardista e de alta tecnologia, enquanto seus carros fizeram miséria na pista. E para coroar foi chefe de Ayrton Senna no seus três títulos.

Então será que realmente um personagem como Ron Dennis se curvaria à tentação de se apropriar de documentos da equipe rival e ainda com o intuito de levar vantagem no campeonato? Como já coloquei não entendo o que se passa de verdade no mundo da F1. O que vejo são os carros na pista, os tempos de volta na tela e algumas cenas que a tv mostra dos boxes de forma bem econômica. Sobre o caso minhas fontes são os sites especializados.

Dizem que a Mclaren teve posse desses documentos através de Mike Coughlan e Nigel Stepney. E todo o caso gira em torno se o resto da equipe sabia da posses desses dados e se fez uso dele no carro. Ora, não estamos falando de uma empresa de comércio ou indústria , mas sim de uma equipe de competição automotora, ou seja, tudo gira em torno dos carros e das corridas. Se houve troca de dados o objetivo final era ganhar corridas, seja deixando seu carro mais rápido, seja usando os dados da rival para levar vantagem em estratégias e afins.
Mas tudo foi tratado de forma distinta, e o resultado é uma multa de 100 milhões de dólares e perda de pontos do campeonato de construtores. Os piltos nada sofreram. Mantém sua pontuação e correm para disputarem o título mundial. E eu achava que eles faziam parte do time.

No fim das contas trataram a Mclaren como filho de papai milionário que matou o amante da sua esposa, foi preso mas depois liberado pelo delegado amigo do pai. Compraram sua liberdade, mas não sua inocência. Qual o sentido de se aplicar uma multa pesadíssima para a equipe enquanto os pilotos continuam com seus pontos e certamente um dos dois vai ser campeão do mundo, mesmo com a grande possibilidade de terem levado vantagem para conquistar esses pontos. E pra onde vai toda essa dinheirama? Boa pergunta essa... A entidade precisa de dinheiro? Ou foi ela que saiu lesada?

Por todos esses fatores fica difícil chegar à uma conclusão, Lewis Hamilton tem sido o melhor piloto do ano e seria injusto ele perder seus pontos, assim como Alonso vem provando seu valor tirando a diferença e entrando na posição de favorito. Mas seus carros não quebraram o ano todo, depois da quinta etapa ganharam velocidade e hoje nem em pistas rápidas são inferiores. Será que os dados da Ferrari ajudaram nisso? Bem a única certeza é que por U$ 100 milhões não se fala mais nisso.

E sinceramente, a Ferrari em 2008 que faça um carro menos irregular em pistas diferentes, que seja mais confiável e que seus piltos demonstrem o mesmo talento e garra da dupla Lewis/Fernando. Senão fica difícil mesmo ganhar na pista, assim, honestamente.

Abraços.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Chicotadas.

- Não entendi a estratégia da Ferrari bem distinta para os dois pilotos. Parecia que Massa teria ritmo de corrida para acompanhar as Mclaren, por isso largou pra cima de Hamilton, já Kimi apostou em uma parada contando com seu fraco desempenho na classificação. Mas todos afirmam que Kimi ganharia a posição de Massa se o brasileiro não tivessse abandonado, eu já acho que Massa teria ganho a posição de Hamilton.

- E após brilhante largada Felipe tomou a segunda posição de Lewis Hamilton, que não vendeu barato, mas nada me convence de que o inglês perdeu a posição e forçou um espaço que não existia na segunda chicane. Ganhou a posição pegando um atalho, mesmo que sem intenção, e mesmo assim não devolveu a posição, coisa que os comissários de prova deveriam ter determinado.

-Sem patriotada o brasileiro, se tivesse seguido na corrida, teria sido injustiçado ficando na terceira posição. Mas como o campeonato já está polêmico o bastante acredito que deixaram quieto para não colocar mais lenha na fogueira.

- A grande ultrapassagem de Hamilton sobre Kimi Raikkonen consolidou sua posição de melhor piloto do ano.

- Grande corrida de Nico Rosberg, que também fez uma bela ultrapassagem sobre Jenson Button.

- Ainda falando em ultrapassagens Kubica fez a sua sobre Rosberg, mas mesmo assim não teve ritmo para acompanhar seu companheiro de equipe Nick Heidfeld.

- Trulli, Ralf Schumacher, Fisichella e Barrichello sumiram na corrida. Simplesmente não me recordo desses piltos correndo no fim de semana.

- Toda vez que Kimi Raikkonen sobe ao pódio é uma cena estéril. Não sorri, não vibra, não demonstrou sequer decepção. Uma figura sem graça mesmo.

- Que disparada de Alonso nessas últimas corridas; eu dava como favorito ao título Lewis Hamilton, mas parece que Alonso encontrou um ritmo de corrida difícil de ser acompanhado. Se alguma enventualidade tirar pontos de Alonso nas próximas etapas é por que é o ano do inglês mesmo.

- Massa que começe a pensar como fazer para errar menos e andar rápido em 2008.

Abraços.

domingo, 9 de setembro de 2007

A ópera inglesa.



Grande vitória de Fernando Alonso e grandíssima dobradinha da Mclaren em território italiano. Uma dobradinha que consolida a caminhada da Mclaren para o título mundial de pilotos. Está tudo aberto, apenas três pontos separam Hamilton e Alonso, o que deixa claro que nas últimas quatro corridas a briga entre os dois vai pegar fogo. Uma das melhores disputas dos últimos anos. Hamilton mostrou que não vai se dobrar à experiência de seu companheiro fazendo aparecer todo seu talento acima da média ao ultrapassar de forma brilhante Raikkonen, sem mencionar que em poucas voltas e com pneus frios tirou toda a diferença na pista em relação ao finlandês, para depois dar o bote final.

Uma queda de braço entre os dois talentos mais expressivos do momento no automobilismo, a briga entre Hamilton e Alonso incendiou o campeoanto esse ano; mas ainda falta uma disputa mais aberta na pista, que não aconteceu ainda de forma explícita como os números poderiam supor. A Mclaren nessa corrida tinha muito mais carro, mas mesmo assim os dois pilotos ficaram à altura do que desmontraram no campeonato até agora. São os dois que merecem o título desse ano.

Para o lado italiano sobrou um magro terceiro lugar de Kimi Raikkonen com sabor de derrota acentuado pela esmagadora ultrapassagem de Hamilton. Felipe Massa amargou mais uma vez um abandono esse ano. O segundo, e assim já tem três corridas sem marcar pontos. O que somado à dupla afinada da Mclaren e à disputa acirrada com seu companheiro de equipe sacramentou a derrota na corrida ao título. Mais uma vez se encontra na posição de apenas poder brigar com seu companheiro pela melhor posição da equipe. No mínimo frustrante. Fica cada vez mais claro que a Ferrari ainda não tem uma orquestra bem afinada, seus carros estão longe de serem infalíveis e suas estratégias não produzem resultado expressivo em corridas. E seus pilotos parecem às vezes não muto à vontade com os carros. Como uma equipe que sai de uma dobradinha tem um desempenho desses na corrida seguinte, à frente de seu torcedor?

De resto mais uma vez Heidfeld é primeiro do segundo escalão, Nico Rosberg fazendo seu Willams parecer mais rápido que realmente é, o que faz dele uma grande promessa para o futuro. Jenson Button besliscou se segundo ponto no ano.

Uma belíssima pista essa de Monza, um público caloroso e uma corrida interessante. Senão tivemos uma vitória brasileira, pelo menos assistimos o espetáculo da Fórmula 1 em sua plenitude.

Abraços.

Chicotadas na sequência...

sábado, 8 de setembro de 2007

Esse espanhol fala muito, mas anda que é uma barbaridade...

Humilhação total. Foi mais ou menos isso que a Mclaren fez com a Ferrari em plena pista de Monza. Fernando Alonso na pole colocou mais de meio segundo em cima da Ferrari mais rápida, a de Felipe Massa. Meio segundo é muita coisa, e pra piorar na casa do adversário, e pra piorar de novo no meio de um novo escândalo envolvendo as duas equipes, e pra piorar mais uma vez bem no momento que a Ferrari esperava dar uma reagida após a dobradinha na Turquia.
E na verdade não existiu disputa, em nenhum momento Felipe Massa e Kimi Raikkonen deram alguma pinta de que iriam brigar pelas primeiras duas posições. Na verdade Raikkonen não conseguiu nem segurar a quarta posição, prejudicado por andar com o carro reserva após destruir seu carro nos treinos livres horas antes da classificação. Vale esperar o que acontece na largada, se pelo menos os carros vermelhos roubam alguma posição, por que nem em ritmo de corrida eles parecem ter chances.

Já que tempo está escasso nesse sábado, mando as chicotadas de uma vez:

- Teve cara de recado dado: no meio de todo o escândalo de espionagem, e até com seu nome envolvido, Alonso dominou seu companheiro de equipe e imprimiu um ritmo desde os treinos livres digno de seu talento.

- Alonso demonstrou que quer ganhar de qualquer jeito esse título, e pelo visto vai correr com mais garra nessas últimas etapas. Hamilton que se cuide.

- Raikkonen mais uma vez esteve às voltas com o azar, já que trocar de carro horas antes da classificação custou à ele pelo menos a quarta posição do grid.

- Button pela segunda vez no ano levou a Honda à super pole, grande feito do inglês, mas mesmo Barrichello mostrou que a equipe japonesa se deu bem com essa pista. Agora vamos ver como eles vão se sair na corrida.

- David Couthard, Ralf Schumacher e Giancarlo Fisichella tomaram mais uma lavada de seus companheiros de equipe. Péssimo momento pra Schumacher e Fisichella, cada vez mais perto de abandonarem seus atuais assentos.

- Felipe Massa sempre deu declarações realistas, quando sabia que se carro era rápido declarava e mostrava na pista. Dessa vez queimou a língua ao sair em defesa do desempenho da equipe italiana para essa etapa, dizendo que a Ferrari era mais rápida do que parecia. Um dos carros perdeu para a BMW.

- Alguns não apontavam a Ferrari como favorita por que a pista de Monza, mesmo sendo um circuito velocíssimo não tem curvas de alta. Estavam certos.

- Mas acredito que pouca gente esperava essa lavada que a Ferrari tomou na classificação. E com Michael Schumacher e Luca di Montezemolo in loco.

Abraços.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Será?

Nunca cheguei a comentar o assunto das acusações de espionagem da Mclaren; afinal não sou jornalista, não tenho acesso à ninguem relacionado a cobertura da Fórmula 1 e muito menos conheço alguém do circo. Ou seja, falar de um assunto político não faz muito sentido. Por isso fico sempre no campo da opinião pessoal sobre o caso, e uma opinião sem muito fundamento.

Saiu a notícia de que a FIA teve acesso à mais provas sobre o caso, o que levou à federação a cancelar a reunião para discutir a apelação e convocou novamente uma audiência para apurar essas novas "evidências" contra a Mclaren e assim julgar se o time deve ser punido ou não.

Até onde toda essa investigação é resultado da busca à justiça e à verdade? Difícil saber. Claro que se for provado que a Mclaren levou vantagem por causa das informações roubadas nada mais justo que puní-la, e por consequência, seu pilotos. Mas e o resto? E as outras questões?
Em tempos de tecnologias super complexas como é possível um roubo de informações dessa maneira? Nunca ocorreu antes?
Por que logo nesse campeonato, quando não existe mais Schumacher, onde a Ferrari perdeu o campeonato do ano passado?
Existe algo muito estranho em toda essa história, parece um enredo simples demais para o mundo da Fórmula 1.

Ainda duvido que a Mclaren seja punida, menos ainda seus piltos e é aí que surge o dilema: Tudo indica que ela levou vantagem sim, por isso deveria perder pontos ou ser desclassificada, o que automaticamente deixaria o título nas mão de um piloto da Ferrari. Nada mais correto.
Agora alguém aí acha que algum outro piloto até agora merece mais o título que Lewis Hamilton? Eu não. Mas alguém acha justo ele ganhar com a equipe dele roubando? Eu pelo menos não. Então o que fazer? Acho que nem a FIA sabe, por isso culpou e não puniu, e depois puniu sem culpa, e agora chamou todo mundo de novo. Eles parecem perdidos, tem um pepinão nas mão e ainda não idéia do que fazer com ele. Numa dessas atrás das portas fechadas eles estarão decidindo tudo na moeda. Eu não duvido.

Abraços.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007


Começando o mês de Setembro atrasado com um curioso vídeo onde Peter Windsor, do Speed Channel discute com Felipe Massa a estratégia de Kimi Raikkonen na classificação para o GP da França, onde o finlandês ganhou a primeira posição de Felipe na segunda parada nos boxes, quando ficou três voltas a mais que o brasileiro na pista.

Tomei conhecimento dessa estratégia de Kimi poucos dias atrás; Raikkonen teria dado voltas super lentas na classificação, quase pondo em risco sua terceira posição no grid, apenas para ganhar uma volta a mais nas paradas.
Engraçado ver Windsor e Massa discutindo, cada um tentando tirar a razão do outro.
Não ficou muito claro, mas parece que Windsor acredita que fez diferença e Massa acha que não.
Gosto do senso de realidade do piloto brasileiro, não dá desculpas quando perde. E pronto.

Abraços.