sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Feliz ano que passou. Pra quem?

Dois meses inteiros sem postagem, e parece que foi ontem que Raikkonen saiu de Interlagos campeão do mundo. Tínhamos CPMF, hoje não mais. Fernando Alonso foi para a Renault com Nelsinho Piquet ao seu lado.
Parece que nada de muito importante rolou desde outubro de 2007 até agora, mas a verdade é que o que vos escreve se concedeu umas logas férias desse espaço. Não fui capaz nem de publicar um balanço do ano da Fórmula 1 nem de outras bobagens que considero de alguma forma interessante. Não é tarde, espero colocar alguma coisa parecida nos próximos dias.

O que importa agora é renovar as idéias, as vontades, metas e tudo mais que todos fazemos cada janeiro e lamentamos não ter feito em cada dezembro.

Desejo a todos um grande ano de 2008, e espero que mais gente acompanhe esse ano aqui pelo blog. Que tragédias sejam raras e conquistas mais frequentes e que daqui a um ano tenhamos muito o que comemorar.

Grande Abraço a todos.

domingo, 21 de outubro de 2007

Impressionante.

Kimi Matias Raikkonen
















Data de nascimento: 17 de Outubro de 1979
Local de nascimento: Espoo, Finlândia
CAMPEÃO MUNDIAL DE FÓRMULA 1
Pontos na carreira: 456
Total de vitórias: 15
Pole Positions: 15
Corridas disputadas: 122
Voltas mais rápidas: 25
Total de pódios: 48

Inacreditável. Improvável. Incrível. Mais um piloto escreve seu nome na história da fórmula 1 e dos esportes em geral. Kimi Raikkonen fez valer seu grande desempenho na segunda metade do campeonato, correu, ganhou, correu mais, ganhou mais, encostou e prevaleceu. E de uma forma que deixou todos que acompanhavam a corrida de cabelo em pé.
Chegou em São Paulo com 7 pontos de desvantagem e pouquíssimas chances de conquistar o título. Volta pra Europa com o título de campeão do mundo.

Um brilhante desempenho do frio corredor, que não se abateu enquanto andava atrás de seu companheiro, e quando se adaptou ao carro andou muito rápido e conquistou o máximo de pontos que conseguiu, e se correu por fora na disputa ao título ganhou com todos os méritos e poucas ressalvas. Fez poucas ultrapassagens, evitou algumas disputas e não exalou a mesma garra dos outros três rivais durante a temporada. Ao mesmo tempo conquistou seis vitórias, foi ao pódio nove vezes nas últimas dez corridas e com a disputa entre os pilotos da Mclaren aproveitou a brecha e deu o bote.

Felipe Massa teve um papel fundamental na conquista de seu companheiro. Para alguns isso é um mérito, pra mim é frustrante. Saiu na pole, segurou Lewis Hamilton na largada, fazendo com que o inglês perdesse a posição até para Fernando Alonso que largava em 4º. Deu o primeiro lugar de presente para Kimi e levou a segunda posição numa tranquilidade avassaladora. Com isso deixou Alonso com o inútil terceiro lugar. Claro tudo isso foi possível após Lewis Hamilton ter decidido que a Mclaren não merecia ficar com o título depois do caso de espionagem e também não gostou da idéia de se tornar o primeiro estreante de fato a ser campeão do mundo. Apenas isso explica por que depois da lambança na China o inglês colocou tudo a perder tentando dar o troco em Fernando Alonso ainda na primeira volta. Caiu para oitavo e numa tentativa frustada de ultrapassagem encima de uma BMW levou seu carro à um estresse excessivo fora da pista, o que provavelmente acarretou o problema do câmbio que o jogou para a 18ª posição. Terminou em sétimo e entregou o título ao piloto do carro vermelho.

Uma vez mais um brasileiro assiste seu companheiro ter a glória de levar a Ferrari a um título mundial numa nova fase. A fase pós Schumacher. Se Rubinho acompanhou Michael Schumacher devolver à Ferrari uma glória alcançada pela última vez em 1979 e reescrever o livro dos recordes Felipe Massa foi o escudeiro da vez em 2007. E Kimi Raikkonen, em seu primeiro ano de Ferrari conquista o título. Improvável mas merecido. Um campeão nasce. Um personagem tímido e muitas vezes até sem graça. Mas campeão.

Parabéns Kimi Raikkonen.

sábado, 20 de outubro de 2007

Não deixa de ser irônico.


Infelizmente não estou em Interlagos para assistir a corrida pela primeira vez, o quer seria uma ótima desculpa pelas espassas postagens desse mês aqui no blog, esse que é o último mês da temporada 2007. Já em clima de despedida acompanhei pela tv os dois primeiros treinos livres em São Paulo na sexta, onde a disputa entre Alonso e Hamilton começou cedo.

Até Raikkonen entrou na dança, onde fazer o melhor tempo parecia questão de honra entre os líderes. Massa lascou o melhor tempo sábado pela manhã, confirmando que com o tempo bom vai ser osso duro de roer.

Na disputa pela pole Felipe Massa muito confortável com a pista conseguiu o melhor tempo com um impressionante Hamilton roubando a segunda colocação de Kimi Raikkonen. Impressionante por que a Mclaren deu pinta de que está um poquinho inferior à Ferrari para essa pista e mesmo assim o inglês tirou um tempo da cartola, assombrando com a segunda melhor parcial da superpole e ficando àpenas 0s151 do tempo da pole. Vem de uma corrida infernal na China, numa pista onde nunca correu e imediatamente se impôs ao bicampeão Fernando Alonso. Larga para ser campeão e se não se envolver em incidentes ano que vem seu carro sai gravado com o número um.

Fernando Alonso tanto na pista como fora dela me passou a impressão de estar um pouco apagado. Não brilhou em nenhum treino e na classificação teve um desempenho inferior à Hamilton. Alguns atribuem ao azar do espanhol por estar correndo pela segunda vez com o mesmo motor, o que realmente faz algum sentido. Mesmo assim o espanhol parece mais conformado em perder o título para seu companheiro estreante.
Raikkonen fez o que pôde e levou seu carro à terceira posição. Sua chances são ínfimas mas não impossíveis, mas Hamilton largando à sua frente coloca sua situação numa perpectiva mais realista. Corre como uma zebra, se ganhar vai ser por uma grande sorte.

Felipe Massa esteve no sábado onde esteve no início do ano, andando mais rápido que todos, fazendo parecer que a vantagem que tem sobre a Mclaren é resultado de sua pilotagem, deixando à sombra seu companheiro. Infelizmente é muito tarde para uma reação, seu companheiro o deixou pra trás. Mas pelo que lutou esse ano, mesmo com altos e baixos Felipe reluziu um pouco mais que Kimi, e uma vitória na sua terra natal seria mais do que merecido.
Quem sabe começa o ano de 2008 ainda mais motivado?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Notinhas.

O mundo da fórmula 1 vive sua última semana do ano pelo campeonato de 2007 e nem o mercado de pilotos está agitado. Apenas a notícia da renovação de Felipe Massa até 2010 com a Ferrari mereceu capa em todos os meios, pelo menos na internet. Isso significa que o brasileiro tem mais 3 temporadas para ganhar um título pela Ferrari. Grande demonstração de confiança no brasileiro o time italiano fez; anunciar esse prolongamento do contrato antes da última corrida do ano onde o brasileiro foi o primeiro e único dos quatro líderes a abandonar a corrida ao título foi até uma surpresa.

Ainda mais se pensarmos que o bicampeão do mundo Fernando Alonso pode estar disponível em 2009 ou até já em 2008. Pelo menos a curto prazo a Ferrari não tem interesse em Alonso. Das duas uma: A equipe tem tanta confiança no talento de Felipe que prefere nem cogitar a possibilidade de ter um grande campeão como Alonso.
Ou Felipe está fadado a ser segundo piloto caso Kimi Raikkonen desponte como o melhor piloto da Ferrari nos próximos anos, já que não precisaria ou nem poderia ter Alonso e Raikkonen na mesma equipe.

Fernando Alonso pode ter se colocado numa espécie de bolha esse ano. Ao analisarmos 2007 como um todo fica claro que o espanhol criou uma tempestade enorme na Mclaren e até no resto do circo com esse caso de ser preterido na equipe inglesa. Ou por querer status de primeiro piloto. Uma equipe como a Ferrari prima pela harmonia, e estando contente com os resultados de seus pilotos não arriscaria colocar Alonso e destruir sua paz. A própria Mclaren pode fechar suas portas definitivamente para Fernando.

O campeonato desse ano mostrou algumas anomalias que estavam de uma certa forma adormecidas à algum tempo. Espionagem e troca de informações, brigas entre pilotos e dirigentes e até disputa entre "nações", como a briga entre ingleses e espanhóis.
Sempre estive com o pensamento de que Alonso é sim um pós adolescente mimado que como pessoa não tem a mesma maturidade que demonstra dentro das pistas. Mas depois de o piloto ter arrastado tanto tempo essa disputa começo a acreditar que existe muitas coisas dentro do time inglês que não vieram a tona. Talvez num futuro saberemos....

A expectativa para o GP do Brasil aumenta e todo mundo já procura apostar no seu favorito, já que se Fernando Alonso ganha Lewis Hamilton pode chegar no máximo em segundo senão o título fica com o espanhol. E se numa dessas os pilotos da Mclaren se enroscam sobra para Kimi Raikkonen levar a taça. A briga está bem aberta e mesmo com a vantagem de Hamilton vejo a maioria apostando em Alonso.
Quem será que leva a melhor?

sábado, 13 de outubro de 2007

Quem quer ser súdito de Alonso?

Esse período entre o GP da China e do Brasil lembra aqueles momentos que antecedem uma grande tempestade, onde aparentemente tudo está calmo. Mas claro que os nervos estão borbulhando, principalmente na Mclaren, onde a disputa se estendeu mais do que a maioria dentro da equipe gostaria. Teria sido um alívio a todos se Hamilton tivesse sido campeão uma semana atrás.

Para nós, torcedores, o GP do Brasil se tornou o mais aguardado dos últimos anos, na verdade desde 1998 não me lembro de uma decisão que despertasse tanta expectativa. Tanto pela briga na pista como pelo resultado final, já que Hamilton pode fazer história ao torna-se o primeiro estreante a ganhar o título na Fórmula 1.

Sobre os assuntos da semana existe um lance que está me incomodando um pouco.
Parece claro para todos os jornalistas que Fernando Alonso vai sair da Mclaren ano que vem. Eu pessoalmente ainda tenho minhas dúvidas, mas vamos então concordar com a opinião geral e analisar situação. Alonso quer sair de qualquer jeito da equipe inglesa e a Renault supostamente abriu todo o plano de 2008 para tentar seduzir o espanhol e convencê-lo a mudar para sua equipe. Até aí tudo bem. Todos da imprensa brasileira falam que o maior prejudicado seria Nelsinho Piquet, que teria que procurar outra equipe para estrear em 2008. Mas e Heikki Kovalainen? O estreante finlandês que começou o ano estabanado para chegar em segundo no Japão e que igual a Alonso anda sempre à frente de Fisichella, piloto que um dia bateu Felipe Massa. Pode ser uma das grandes promessas para o futuro. Mas com a chegada de Alonso totalmente blindado dentro da equipe, provavelmente Kovalainen vai ficar em segundo plano na equipe francesa. Um crime. Imaginem se em 2007 Lewis Hamilton tivesse ficado relegado à escudeiro do espanhol na Mclaren.

Não acho que hoje exista muito espaço para que Alonso seja um piloto onde uma equipe faça tudo girando em torno dele. Assim como foi a Ferrari com Michael Schumacher. Mas o alemão se mudou para a Ferrari, ficou 4 anos até conseguir o primeiro título. Transformou a Ferrari. O time que ainda estava nos anos 80 voou direto para 2000 com o alento que Schumacher trouxe para a equipe. Nada mais justo que lá ele mandasse em tudo.
Alonso cairia bem em uma Willams, que não ve título desde 97 ou na Toyota que nunca viu um.
Vamos torcer para que os responsáveis das equipes sejam coerentes com essa situação toda e cuidem para não queimar nenhum desses novos talentos obrigando-os a correr à sombra do espanhol.
Se Alonso quer ser rei, então que construa seu próprio castelo, exatamente como fez Schumacher.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Chicotadas.

Sei que as chicotadas do GP da China estão atrasadas mas infelizmente por fatores fora do meu controle não passei à frente do pc ontem depois que coloquei minha análise da corrida. Análise essa que foi cheia o suficiente para ser a leitura do dia ontem no blog. Peço desculpas a quem considerou o texto grande demais. As vezes me deixo levar. E isso que falei apenas dos quatro primeiros no texto de ontem.
Grande corrida de Vettel e de Liuzzi com as Toro Rosso. O alemão teve outra chance de brilhar após o infortúnio na corrida do Japão e lascou a quarta posição. Será que vem outro grande talento por aí? Jenson Button com o quinto lugar operou um milagre com o carro da Honda e enterrou Rubens Barrichello nesse fim de temporada. Ou o brasileiro resolve andar ano que vem ou sai queimado da fórmula 1. E bem apagada a corrida das BMW, Nick Heidfeld chegou em sétimo e Kubica deve ter tentado andar mais que o carro e acabou abandonando a prova. Veio bem esse ano a BMW, mas tem que evoluir mais, principalmente se Alonso voltar à Renault e levar seus famosos "sete décimos" para a equipe francesa. Chicotadas:

- A besteira que Lewis Hamilton cometeu não foi nada mais do que inexperiência de iniciante. Há que diga que o piloto mesmo numa situação confortável deve sempre brigar pela vitória, mas o que inglês fez foi forçar a barra, numa demonstração clara de excesso de confiança dele e da equipe após uma temporada fortíssima.

- Custou a ele 10 pontos o que deveria ter saído por 2 ou 4 no máximo. Terminando em terceiro ele chegaria com 10 pontos de vantagem sobre Alonso no GP do Brasil. Ia ser mamata para o inglês.

- Se Hamilton pode ter jogado o título fora Fernando Alonso teve um fim de semana apagado, saiu em quarto, e passou Massa por que o brasileiro estava mais apagado ainda. Pelo desempenho de Hamilton e pelo que estava andando Alonso poderia ter ganho e chegado ao Brasil com muito mais chances de ser campeão.

- Que fim de temporada desastroso para Felipe Massa. Pode ter sido mais combativo e menos insosso que Kimi Raikkonen, mas os resultados mostram uma verdadeira lavada do finlandês nas últimas nove corridas. No saldo total até agora Raikkonen chegou 10 vezes à frente de Felipe Massa, o brasileiro apenas cinco.

- Pode ser que o carro da Ferrari tenha sido adaptado ao estilo de Kimi Raikkonen, já que o brasileiro começou o ano andando muito rápido, mas episódios como perder a liderança na França e depois na Alemanha podem ter abalado o brasileiro. Ou Raikkonen se adaptou ao carro e à equipe durante a temporada e mostrou que é mais rápido que Massa.

- E assim a dupla da Ferrari não me empolga muito para o ano que vem, já que o brasileiro briga muito mas não transforma isso em vitórias e Raikkonen parece que está desconectado do mundo, anda rápido mas não parece querer grandes disputas.

- O pior de Raikkonen aparece quando ele vai ao pódio. Ganhou a corrida da China, é o que mais vitórias tem no ano, massacrou seu companheiro de equipe, vem para a última corrida com chances de ser campeão, e como ele reage? Sobe, escuta o hino, recebe o troféu e bebe o champagne. Não sorri, não vibra, não comemora, não brinca com os outros pilotos. Nada. sem graça e apático. Frio não, chato mesmo.

- Me pareceu bastante distante a relação de Felipe com Kimi, quase não se cumprimentaram e não trocaram palavras. Massa parecia ter mais assunto com Fernando Alonso. Será que a dupla Ferrari está rachando também?

- Sebastian Vettel poderia encontrar uma equipe melhor para o ano que vem. Parece que o garoto tem aquela fagulha de piloto que anda sempre rápido. Pensando melhor, que fique mais um ano onde está, ainda é muito novo e experiência apenas vai fazer bem a ele.

- Quando a chuva caía levemente a corrida teve graça. Quando a pista secou ficou chata. Fica claro que os carros dependem muito da carga aerodinâmica e os pneus de seco com ranhuras não permite aos pilotos saírem do traçado. Na chuva como andar fora do traçado não faz muita diferença vemos os carros disputando as curvas lado a lado. Algo tem que ser feito.

- Rubens Barrichello, igual ao ano passado, ficou muito pra trás de Jenson Button, passou totalmente batido na corrida. Onde foi parar o talento do brasileiro?

- A corrida de Felipe Massa além de apagada gerou algumas questões: Por que seu pneu se desgastou tão rapidamente? Quando tinho pneus pra seco por que não andou rápido o suficiente para não permitir Alonso voltar à sua frente após o pit stop? O que adiantou fazer as melhores voltas no final da corrida? Onde foi parar o piloto que era o mais rápido dos quatro no começo do ano?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Grande prêmio da China.


E Lewis Hamilton continua a fazer história. A cena do inglês não conseguindo contornar a curva para a entrada dos boxes e parando na brita lentamente foi talvez o momento mais dramático do ano. Se Hamilton não sair campeão no GP do Brasil esse episódio vai ser considerado decisivo na temporada 2007. Os minutos dramáticos que o inglês passou dentro do carro pedindo que o empurrassem, a hesitação dos auxiliares de pista, o desespero de Ron Dennis em frente às câmeras, tudo parecia uma cena escrita pelos melhores roteiristas de Hollywood para que o filme de 2007 tivesse um grande pico de suspense antes do clímax da última corrida do ano no Brasil.

Se houve uma corrida que Hamilton guiou como um estreante foi essa. Deveria ter lutado sim pela primeira colocação com Kimi Raikkonen, mas também deveria saber a hora de deixá-lo passar, poupar os pneus e tentar chegar à frente de Fernando Alonso. Se entrou rápido demais na curva dos boxes fica difícil afirmar, faltou cuidado e sobrou ímpeto. Talvez ele e a Mclaren tivessem embriagados com a possibilidade do inglês sair campeão depois da corrida, e assim tomados pela confiança excessiva que o desempenho superior do inglês em relação à Kimi Raikkonen trouxe, parecia que o título viria com uma vitória esmagadora sobre os rivais. Assim como o acidente de Alonso na corrida passada, demorou para Hamilton ser traído pela sua inexperiência. Tivesse Alonso no lugar de Hamilton, certamente deixaria Raikkonen passar, iria ao boxes, trocaria pneus e voaria para roubar a primeira posição na segunda parada, e se não houvesse necessidade, como não havia, teria chegado em segundo feliz e contente. E com uma taça na mão.

Falando em Fernando Alonso, fez a corrida dele, roubou a posição de Massa quando teve a oportunidade mas não conseguiu ter o mesmo ritmo do primeiro. Se tivesse vencido Alonso estaria novamente a dois pontos do líder. Poderia ter feito mais.

Já o vencedor Kimi Raikkonen fez uma corrida brilhante. Segurou sua posição na largada, abriu mais de 5 segundos do seu companheiro no mesmo carro e no momento certo foi pra cima de Lewis Hamilton. Continou sendo rápido e levou a corrida até o final com certa facilidade.

Esse desempenho de Raikkonen deixou mais explícito como Felipe Massa não tem mais o mesmo ritmo do finlandês com o carro da Ferrari. Massa fez uma corrida irregular, gastou demais seus pneus no início da prova, e mesmo com pneus pra seco não impediu Fernando Alonso de voltar à frente depois do pit stop.
Na verdade desde a vitória em Magny-Cours na França, Kimi Raikkonen foi o piloto que mais fez pontos no campeonato. E foram nove corridas desde a França até a China. Ganhou quatro vezes e fez oito pódios. É o piloto com mais vitórias esse ano. Se não tivesse tido um começo de campeonato insosso teria sido campeão com autoridade. E deu um banho em Felipe Massa nessa fase do campeonato, chegando à frente do brasileiro sete vezes em nove corridas.

Para a prova em São Paulo os três primeiros chegam separados por sete pontos sendo que Alonso está 4 atrás de Hamilton. É muita coisa pra descontar em apenas uma prova e tudo indica que Lewis Hamilton realmente vai ser campeão no seu ano de estréia. Mesmo assim chega em Interlagos com muito mais pressão do que teve até agora, sentiu que um pequeno erro pode colocar tudo a perder. Talvez seja o mais vunerável dos três.
Desfecho esse que vai ser dos mais eletrizantes.

Abraços e chicotadas na sequência.