quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Algunas pequenas considerações.

Vejo uma certa euforia da mídia após a vitória de Massa, e não apenas a brasileira. Alguns sites estrangeiros se entusiasmaram com a vitória do brasileiro. Os mais sérios recolocam a Ferrari de volta à briga direta ao título de pilotos.
Claro que matematicamente é possível, e claro tudo pode acontecer. Na verdade o que Massa, a Ferrari e seus torcedores esperam é tudo de ruim que pode acontecer com Hamilton e Alonso. Não vou ser hipócrita e dizer que não iria vibrar se algum desses vier a abandonar uma corrida. Mas sinceramente não era a maneira como queria torcer nesse fim de temporada. Gostaria de ter visto Massa não errar no Canadá e muito menos perder duas corridas que liderou a maior parte delas. E gostaria de ter visto o valente brasileiro brilhar na chuva. Não rolou, e por isso hoje sua maior rivalidade é com seu companheiro. Torçam para que ele chegue à frente de Kimi Raikkonen, já vai ser bom nessa altura.

Hamilton e Alonso têm a faca e o queijo na mão. A que pese torço para o inglês. Desde a primeira corrida mostrou ser muito rápido, no decorrer do campeonato foi regular, aprendeu a vencer e mostrou que sabe ultrapassar. Alonso também fez belas apresentações, mas seu companheiro deu mais show. E pra ser mais ácido, não quero que Alonso seja o único campeão em atividade, muito menos que alcance o tri tão rapidamente em sua carreira. Tudo está aberto entre os dois, mas Hamilton me parece um pouco mais sereno, se é que isso é possivel dentro do turbilhão da Mclaren.

Olhando para o lado menos lustroso da Fórmula 1 vejo dois nomes que empobrecem o espetáculo. Giancarlo Fisichella e Ralf Schumacher. O italiano teve o carro do bicampeonato na mão dois anos e nada conquistou. Encontrou-se dominado e detonado por Alonso. Esse ano poderia ter reagido mas já está ficando pra trás do companheiro estreante. Já pelo lado de Ralf não há muito o que dizer que alguém não tenha dito: é lento, ganha(dinheiro) demais e pra piorar tudo é antipático.

Esses dois, somados à Couthard, Trulli, Webber e Wurz fazem do pelotão do meio o que é hoje: burocrático. Nunca os pilotos que brigam por posições intermediárias fizeram tão pouco pelo espetáculo. Sempre tivemos os líderes do campeonato dominando as primeiras colocações, mas figuras como Berger, Alesi, Frentzen, Irvine, Barrichello, se não eram brilhantes, sempre brigaram muito dentro da pista. Disputavam quartos, quintos lugares como se fossem vitórias. Parece que a geração que ficou à sombra de Schumacher foi perdendo a motivação, e hoje se tornaram apenas zumbis na pista. Esperamos que os novos talentos que estão disputando com esses veteranos tenham uma visão menos condenscendente do que é uma corrida.
Se hoje temos até uma comissão que está analisando como melhorar as possibilidades de ultrapassagens, que os pilotos também façam sua parte, na pista. O torcedor agradece.

Abraços.

Um comentário:

Felipe Maciel disse...

Tomara que dê certo essa tentativa, a F1 necessita muito de brigas na pista, mas a cada ano parece que piora mais um pouco. Isso tem que mudrde qualquer jeito, mas o regulamento não ajuda...