domingo, 21 de outubro de 2007

Impressionante.

Kimi Matias Raikkonen
















Data de nascimento: 17 de Outubro de 1979
Local de nascimento: Espoo, Finlândia
CAMPEÃO MUNDIAL DE FÓRMULA 1
Pontos na carreira: 456
Total de vitórias: 15
Pole Positions: 15
Corridas disputadas: 122
Voltas mais rápidas: 25
Total de pódios: 48

Inacreditável. Improvável. Incrível. Mais um piloto escreve seu nome na história da fórmula 1 e dos esportes em geral. Kimi Raikkonen fez valer seu grande desempenho na segunda metade do campeonato, correu, ganhou, correu mais, ganhou mais, encostou e prevaleceu. E de uma forma que deixou todos que acompanhavam a corrida de cabelo em pé.
Chegou em São Paulo com 7 pontos de desvantagem e pouquíssimas chances de conquistar o título. Volta pra Europa com o título de campeão do mundo.

Um brilhante desempenho do frio corredor, que não se abateu enquanto andava atrás de seu companheiro, e quando se adaptou ao carro andou muito rápido e conquistou o máximo de pontos que conseguiu, e se correu por fora na disputa ao título ganhou com todos os méritos e poucas ressalvas. Fez poucas ultrapassagens, evitou algumas disputas e não exalou a mesma garra dos outros três rivais durante a temporada. Ao mesmo tempo conquistou seis vitórias, foi ao pódio nove vezes nas últimas dez corridas e com a disputa entre os pilotos da Mclaren aproveitou a brecha e deu o bote.

Felipe Massa teve um papel fundamental na conquista de seu companheiro. Para alguns isso é um mérito, pra mim é frustrante. Saiu na pole, segurou Lewis Hamilton na largada, fazendo com que o inglês perdesse a posição até para Fernando Alonso que largava em 4º. Deu o primeiro lugar de presente para Kimi e levou a segunda posição numa tranquilidade avassaladora. Com isso deixou Alonso com o inútil terceiro lugar. Claro tudo isso foi possível após Lewis Hamilton ter decidido que a Mclaren não merecia ficar com o título depois do caso de espionagem e também não gostou da idéia de se tornar o primeiro estreante de fato a ser campeão do mundo. Apenas isso explica por que depois da lambança na China o inglês colocou tudo a perder tentando dar o troco em Fernando Alonso ainda na primeira volta. Caiu para oitavo e numa tentativa frustada de ultrapassagem encima de uma BMW levou seu carro à um estresse excessivo fora da pista, o que provavelmente acarretou o problema do câmbio que o jogou para a 18ª posição. Terminou em sétimo e entregou o título ao piloto do carro vermelho.

Uma vez mais um brasileiro assiste seu companheiro ter a glória de levar a Ferrari a um título mundial numa nova fase. A fase pós Schumacher. Se Rubinho acompanhou Michael Schumacher devolver à Ferrari uma glória alcançada pela última vez em 1979 e reescrever o livro dos recordes Felipe Massa foi o escudeiro da vez em 2007. E Kimi Raikkonen, em seu primeiro ano de Ferrari conquista o título. Improvável mas merecido. Um campeão nasce. Um personagem tímido e muitas vezes até sem graça. Mas campeão.

Parabéns Kimi Raikkonen.

sábado, 20 de outubro de 2007

Não deixa de ser irônico.


Infelizmente não estou em Interlagos para assistir a corrida pela primeira vez, o quer seria uma ótima desculpa pelas espassas postagens desse mês aqui no blog, esse que é o último mês da temporada 2007. Já em clima de despedida acompanhei pela tv os dois primeiros treinos livres em São Paulo na sexta, onde a disputa entre Alonso e Hamilton começou cedo.

Até Raikkonen entrou na dança, onde fazer o melhor tempo parecia questão de honra entre os líderes. Massa lascou o melhor tempo sábado pela manhã, confirmando que com o tempo bom vai ser osso duro de roer.

Na disputa pela pole Felipe Massa muito confortável com a pista conseguiu o melhor tempo com um impressionante Hamilton roubando a segunda colocação de Kimi Raikkonen. Impressionante por que a Mclaren deu pinta de que está um poquinho inferior à Ferrari para essa pista e mesmo assim o inglês tirou um tempo da cartola, assombrando com a segunda melhor parcial da superpole e ficando àpenas 0s151 do tempo da pole. Vem de uma corrida infernal na China, numa pista onde nunca correu e imediatamente se impôs ao bicampeão Fernando Alonso. Larga para ser campeão e se não se envolver em incidentes ano que vem seu carro sai gravado com o número um.

Fernando Alonso tanto na pista como fora dela me passou a impressão de estar um pouco apagado. Não brilhou em nenhum treino e na classificação teve um desempenho inferior à Hamilton. Alguns atribuem ao azar do espanhol por estar correndo pela segunda vez com o mesmo motor, o que realmente faz algum sentido. Mesmo assim o espanhol parece mais conformado em perder o título para seu companheiro estreante.
Raikkonen fez o que pôde e levou seu carro à terceira posição. Sua chances são ínfimas mas não impossíveis, mas Hamilton largando à sua frente coloca sua situação numa perpectiva mais realista. Corre como uma zebra, se ganhar vai ser por uma grande sorte.

Felipe Massa esteve no sábado onde esteve no início do ano, andando mais rápido que todos, fazendo parecer que a vantagem que tem sobre a Mclaren é resultado de sua pilotagem, deixando à sombra seu companheiro. Infelizmente é muito tarde para uma reação, seu companheiro o deixou pra trás. Mas pelo que lutou esse ano, mesmo com altos e baixos Felipe reluziu um pouco mais que Kimi, e uma vitória na sua terra natal seria mais do que merecido.
Quem sabe começa o ano de 2008 ainda mais motivado?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Notinhas.

O mundo da fórmula 1 vive sua última semana do ano pelo campeonato de 2007 e nem o mercado de pilotos está agitado. Apenas a notícia da renovação de Felipe Massa até 2010 com a Ferrari mereceu capa em todos os meios, pelo menos na internet. Isso significa que o brasileiro tem mais 3 temporadas para ganhar um título pela Ferrari. Grande demonstração de confiança no brasileiro o time italiano fez; anunciar esse prolongamento do contrato antes da última corrida do ano onde o brasileiro foi o primeiro e único dos quatro líderes a abandonar a corrida ao título foi até uma surpresa.

Ainda mais se pensarmos que o bicampeão do mundo Fernando Alonso pode estar disponível em 2009 ou até já em 2008. Pelo menos a curto prazo a Ferrari não tem interesse em Alonso. Das duas uma: A equipe tem tanta confiança no talento de Felipe que prefere nem cogitar a possibilidade de ter um grande campeão como Alonso.
Ou Felipe está fadado a ser segundo piloto caso Kimi Raikkonen desponte como o melhor piloto da Ferrari nos próximos anos, já que não precisaria ou nem poderia ter Alonso e Raikkonen na mesma equipe.

Fernando Alonso pode ter se colocado numa espécie de bolha esse ano. Ao analisarmos 2007 como um todo fica claro que o espanhol criou uma tempestade enorme na Mclaren e até no resto do circo com esse caso de ser preterido na equipe inglesa. Ou por querer status de primeiro piloto. Uma equipe como a Ferrari prima pela harmonia, e estando contente com os resultados de seus pilotos não arriscaria colocar Alonso e destruir sua paz. A própria Mclaren pode fechar suas portas definitivamente para Fernando.

O campeonato desse ano mostrou algumas anomalias que estavam de uma certa forma adormecidas à algum tempo. Espionagem e troca de informações, brigas entre pilotos e dirigentes e até disputa entre "nações", como a briga entre ingleses e espanhóis.
Sempre estive com o pensamento de que Alonso é sim um pós adolescente mimado que como pessoa não tem a mesma maturidade que demonstra dentro das pistas. Mas depois de o piloto ter arrastado tanto tempo essa disputa começo a acreditar que existe muitas coisas dentro do time inglês que não vieram a tona. Talvez num futuro saberemos....

A expectativa para o GP do Brasil aumenta e todo mundo já procura apostar no seu favorito, já que se Fernando Alonso ganha Lewis Hamilton pode chegar no máximo em segundo senão o título fica com o espanhol. E se numa dessas os pilotos da Mclaren se enroscam sobra para Kimi Raikkonen levar a taça. A briga está bem aberta e mesmo com a vantagem de Hamilton vejo a maioria apostando em Alonso.
Quem será que leva a melhor?

sábado, 13 de outubro de 2007

Quem quer ser súdito de Alonso?

Esse período entre o GP da China e do Brasil lembra aqueles momentos que antecedem uma grande tempestade, onde aparentemente tudo está calmo. Mas claro que os nervos estão borbulhando, principalmente na Mclaren, onde a disputa se estendeu mais do que a maioria dentro da equipe gostaria. Teria sido um alívio a todos se Hamilton tivesse sido campeão uma semana atrás.

Para nós, torcedores, o GP do Brasil se tornou o mais aguardado dos últimos anos, na verdade desde 1998 não me lembro de uma decisão que despertasse tanta expectativa. Tanto pela briga na pista como pelo resultado final, já que Hamilton pode fazer história ao torna-se o primeiro estreante a ganhar o título na Fórmula 1.

Sobre os assuntos da semana existe um lance que está me incomodando um pouco.
Parece claro para todos os jornalistas que Fernando Alonso vai sair da Mclaren ano que vem. Eu pessoalmente ainda tenho minhas dúvidas, mas vamos então concordar com a opinião geral e analisar situação. Alonso quer sair de qualquer jeito da equipe inglesa e a Renault supostamente abriu todo o plano de 2008 para tentar seduzir o espanhol e convencê-lo a mudar para sua equipe. Até aí tudo bem. Todos da imprensa brasileira falam que o maior prejudicado seria Nelsinho Piquet, que teria que procurar outra equipe para estrear em 2008. Mas e Heikki Kovalainen? O estreante finlandês que começou o ano estabanado para chegar em segundo no Japão e que igual a Alonso anda sempre à frente de Fisichella, piloto que um dia bateu Felipe Massa. Pode ser uma das grandes promessas para o futuro. Mas com a chegada de Alonso totalmente blindado dentro da equipe, provavelmente Kovalainen vai ficar em segundo plano na equipe francesa. Um crime. Imaginem se em 2007 Lewis Hamilton tivesse ficado relegado à escudeiro do espanhol na Mclaren.

Não acho que hoje exista muito espaço para que Alonso seja um piloto onde uma equipe faça tudo girando em torno dele. Assim como foi a Ferrari com Michael Schumacher. Mas o alemão se mudou para a Ferrari, ficou 4 anos até conseguir o primeiro título. Transformou a Ferrari. O time que ainda estava nos anos 80 voou direto para 2000 com o alento que Schumacher trouxe para a equipe. Nada mais justo que lá ele mandasse em tudo.
Alonso cairia bem em uma Willams, que não ve título desde 97 ou na Toyota que nunca viu um.
Vamos torcer para que os responsáveis das equipes sejam coerentes com essa situação toda e cuidem para não queimar nenhum desses novos talentos obrigando-os a correr à sombra do espanhol.
Se Alonso quer ser rei, então que construa seu próprio castelo, exatamente como fez Schumacher.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Chicotadas.

Sei que as chicotadas do GP da China estão atrasadas mas infelizmente por fatores fora do meu controle não passei à frente do pc ontem depois que coloquei minha análise da corrida. Análise essa que foi cheia o suficiente para ser a leitura do dia ontem no blog. Peço desculpas a quem considerou o texto grande demais. As vezes me deixo levar. E isso que falei apenas dos quatro primeiros no texto de ontem.
Grande corrida de Vettel e de Liuzzi com as Toro Rosso. O alemão teve outra chance de brilhar após o infortúnio na corrida do Japão e lascou a quarta posição. Será que vem outro grande talento por aí? Jenson Button com o quinto lugar operou um milagre com o carro da Honda e enterrou Rubens Barrichello nesse fim de temporada. Ou o brasileiro resolve andar ano que vem ou sai queimado da fórmula 1. E bem apagada a corrida das BMW, Nick Heidfeld chegou em sétimo e Kubica deve ter tentado andar mais que o carro e acabou abandonando a prova. Veio bem esse ano a BMW, mas tem que evoluir mais, principalmente se Alonso voltar à Renault e levar seus famosos "sete décimos" para a equipe francesa. Chicotadas:

- A besteira que Lewis Hamilton cometeu não foi nada mais do que inexperiência de iniciante. Há que diga que o piloto mesmo numa situação confortável deve sempre brigar pela vitória, mas o que inglês fez foi forçar a barra, numa demonstração clara de excesso de confiança dele e da equipe após uma temporada fortíssima.

- Custou a ele 10 pontos o que deveria ter saído por 2 ou 4 no máximo. Terminando em terceiro ele chegaria com 10 pontos de vantagem sobre Alonso no GP do Brasil. Ia ser mamata para o inglês.

- Se Hamilton pode ter jogado o título fora Fernando Alonso teve um fim de semana apagado, saiu em quarto, e passou Massa por que o brasileiro estava mais apagado ainda. Pelo desempenho de Hamilton e pelo que estava andando Alonso poderia ter ganho e chegado ao Brasil com muito mais chances de ser campeão.

- Que fim de temporada desastroso para Felipe Massa. Pode ter sido mais combativo e menos insosso que Kimi Raikkonen, mas os resultados mostram uma verdadeira lavada do finlandês nas últimas nove corridas. No saldo total até agora Raikkonen chegou 10 vezes à frente de Felipe Massa, o brasileiro apenas cinco.

- Pode ser que o carro da Ferrari tenha sido adaptado ao estilo de Kimi Raikkonen, já que o brasileiro começou o ano andando muito rápido, mas episódios como perder a liderança na França e depois na Alemanha podem ter abalado o brasileiro. Ou Raikkonen se adaptou ao carro e à equipe durante a temporada e mostrou que é mais rápido que Massa.

- E assim a dupla da Ferrari não me empolga muito para o ano que vem, já que o brasileiro briga muito mas não transforma isso em vitórias e Raikkonen parece que está desconectado do mundo, anda rápido mas não parece querer grandes disputas.

- O pior de Raikkonen aparece quando ele vai ao pódio. Ganhou a corrida da China, é o que mais vitórias tem no ano, massacrou seu companheiro de equipe, vem para a última corrida com chances de ser campeão, e como ele reage? Sobe, escuta o hino, recebe o troféu e bebe o champagne. Não sorri, não vibra, não comemora, não brinca com os outros pilotos. Nada. sem graça e apático. Frio não, chato mesmo.

- Me pareceu bastante distante a relação de Felipe com Kimi, quase não se cumprimentaram e não trocaram palavras. Massa parecia ter mais assunto com Fernando Alonso. Será que a dupla Ferrari está rachando também?

- Sebastian Vettel poderia encontrar uma equipe melhor para o ano que vem. Parece que o garoto tem aquela fagulha de piloto que anda sempre rápido. Pensando melhor, que fique mais um ano onde está, ainda é muito novo e experiência apenas vai fazer bem a ele.

- Quando a chuva caía levemente a corrida teve graça. Quando a pista secou ficou chata. Fica claro que os carros dependem muito da carga aerodinâmica e os pneus de seco com ranhuras não permite aos pilotos saírem do traçado. Na chuva como andar fora do traçado não faz muita diferença vemos os carros disputando as curvas lado a lado. Algo tem que ser feito.

- Rubens Barrichello, igual ao ano passado, ficou muito pra trás de Jenson Button, passou totalmente batido na corrida. Onde foi parar o talento do brasileiro?

- A corrida de Felipe Massa além de apagada gerou algumas questões: Por que seu pneu se desgastou tão rapidamente? Quando tinho pneus pra seco por que não andou rápido o suficiente para não permitir Alonso voltar à sua frente após o pit stop? O que adiantou fazer as melhores voltas no final da corrida? Onde foi parar o piloto que era o mais rápido dos quatro no começo do ano?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Grande prêmio da China.


E Lewis Hamilton continua a fazer história. A cena do inglês não conseguindo contornar a curva para a entrada dos boxes e parando na brita lentamente foi talvez o momento mais dramático do ano. Se Hamilton não sair campeão no GP do Brasil esse episódio vai ser considerado decisivo na temporada 2007. Os minutos dramáticos que o inglês passou dentro do carro pedindo que o empurrassem, a hesitação dos auxiliares de pista, o desespero de Ron Dennis em frente às câmeras, tudo parecia uma cena escrita pelos melhores roteiristas de Hollywood para que o filme de 2007 tivesse um grande pico de suspense antes do clímax da última corrida do ano no Brasil.

Se houve uma corrida que Hamilton guiou como um estreante foi essa. Deveria ter lutado sim pela primeira colocação com Kimi Raikkonen, mas também deveria saber a hora de deixá-lo passar, poupar os pneus e tentar chegar à frente de Fernando Alonso. Se entrou rápido demais na curva dos boxes fica difícil afirmar, faltou cuidado e sobrou ímpeto. Talvez ele e a Mclaren tivessem embriagados com a possibilidade do inglês sair campeão depois da corrida, e assim tomados pela confiança excessiva que o desempenho superior do inglês em relação à Kimi Raikkonen trouxe, parecia que o título viria com uma vitória esmagadora sobre os rivais. Assim como o acidente de Alonso na corrida passada, demorou para Hamilton ser traído pela sua inexperiência. Tivesse Alonso no lugar de Hamilton, certamente deixaria Raikkonen passar, iria ao boxes, trocaria pneus e voaria para roubar a primeira posição na segunda parada, e se não houvesse necessidade, como não havia, teria chegado em segundo feliz e contente. E com uma taça na mão.

Falando em Fernando Alonso, fez a corrida dele, roubou a posição de Massa quando teve a oportunidade mas não conseguiu ter o mesmo ritmo do primeiro. Se tivesse vencido Alonso estaria novamente a dois pontos do líder. Poderia ter feito mais.

Já o vencedor Kimi Raikkonen fez uma corrida brilhante. Segurou sua posição na largada, abriu mais de 5 segundos do seu companheiro no mesmo carro e no momento certo foi pra cima de Lewis Hamilton. Continou sendo rápido e levou a corrida até o final com certa facilidade.

Esse desempenho de Raikkonen deixou mais explícito como Felipe Massa não tem mais o mesmo ritmo do finlandês com o carro da Ferrari. Massa fez uma corrida irregular, gastou demais seus pneus no início da prova, e mesmo com pneus pra seco não impediu Fernando Alonso de voltar à frente depois do pit stop.
Na verdade desde a vitória em Magny-Cours na França, Kimi Raikkonen foi o piloto que mais fez pontos no campeonato. E foram nove corridas desde a França até a China. Ganhou quatro vezes e fez oito pódios. É o piloto com mais vitórias esse ano. Se não tivesse tido um começo de campeonato insosso teria sido campeão com autoridade. E deu um banho em Felipe Massa nessa fase do campeonato, chegando à frente do brasileiro sete vezes em nove corridas.

Para a prova em São Paulo os três primeiros chegam separados por sete pontos sendo que Alonso está 4 atrás de Hamilton. É muita coisa pra descontar em apenas uma prova e tudo indica que Lewis Hamilton realmente vai ser campeão no seu ano de estréia. Mesmo assim chega em Interlagos com muito mais pressão do que teve até agora, sentiu que um pequeno erro pode colocar tudo a perder. Talvez seja o mais vunerável dos três.
Desfecho esse que vai ser dos mais eletrizantes.

Abraços e chicotadas na sequência.

sábado, 6 de outubro de 2007

A maneira como se cai é que diz quem você é...

Pole de Hamilton, Kimi Raikkonen em segundo, Massa em terceiro e Alonso em quarto. Essas são as duas primeiras filas para o GP da China. Pior para Alonso. Se Lewis Hamilton chegar à sua frente e se Raikkonen não descontar 7 pontos do inglês o espanhol vai entregar o número 1 do bico do seu carro ao seu companheiro. E pior para Massa que não consegue mais bater seu companheiro de equipe. Não vi o treino e não vou comentar mais do que o destaque para quinta posição de David Coulthard e a sexta de Ralf Schumacher. E ainda o belo desempenho da Toro Rosso, em décimo e décimo-primeiro no grid, à frente das Renault, Willams e de uma Toyota. Bom trabalho da equipe e dos pilotos.

Alonso declarou que desistiu do campeonato já que o título foi decidido quando resolveram não punir Lewis Hamilton.
Chegando à reta final dessa temporada podemos analisar todas as atitudes de Alonso durante o ano e chegar à conclusão que mesmo sendo um grande piloto não demonstrou respeito nenhum ao seu companheiro de equipe e rival ao título. Com Felipe Massa teve suas farpas, mas foi com Lewis Hamilton que Alonso não poupou sua ira. E assim passou de uma rivalidade explosiva ao que considero desmerecer e desrespeitar seu adversário. Já coloquei aqui no blog as razões para as atitudes do espanhol, mas ele está se tornando intragável. Faço um paralelo exdrúxulo com o personagem Bruce interpretado por Jim Carrey no filme "Todo poderoso", onde ao perder a vaga de âncora no jornal Bruce entra em parafuso e faz coisas mirabolantes para sabotar seu colega que ganhou a vaga. No final ele se arrepende e aperta as mãos de seu colega, dizendo que ele nem havia dado os parabéns pela promoção do rival.

E é exatamente isso que vem martelando na minha cabeça à várias corridas atrás. Tudo que Fernando fez esse ano foi tentar desconsiderar os feitos de Lewis Hamilton. Desde a tempestade que fez dentro de sua equipe dizendo em público que o inglês tinha a preferência até declarações como essa em que disse que o título foi decidido fora das pistas. Ser competitivo é normal aos grandes campeões, mas esses foram grandes justamente por terem rivais. Agora denegrir os feitos de um rival é falta de respeito. Atitude enfadonha de um campeão que dá a impressão que amadureceu apenas como piloto; como pessoa e homem feito Alonso ainda tem muito que crescer e aprender.

Poderia Alonso hoje perder ou ganhar de uma forma muito mais digna e elegante se no início do ano, quando Hamilton despontou, tivesse simplesmente apertado a mão do inglês e dito: "parabéns garoto, você correu muito bem".

Abraços.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Tributo a um brasileiro.


Ele faz uma de suas piores temporadas num longa carreira na Fórmula 1, mas anda com a mesma perseverança de anos atrás. Por isso uma pequena homenagem a Rubens Barrichello, piloto brasileiro na categoria máxima do automobilismo mundial desde 1993. E por que não lembrar dele?

Após a morte de Senna, milhares de fãs de Ayrton esperavam que Rubinho de alguma forma reproduzisse as glórias do tricampeão nas pistas.
Talvez por ter justamente herdado os fãs do maior ídolo do esporte brasileiro depois de Pelé Barrichello esteve sempre no olho do furacão. Surgiu no lugar certo na hora errada. Era dele a "responsabilidade" de continuar o legado deixado por Ayrton Senna pensaram todos. E por isso sua figura foi alçada à posição de João Bobo dos fãs e dos nem tão fãs por todo o país. Ayrton foi um fenômeno dentro de uma categoria que é formada apenas por atletas acima da média.

Rubens foi um desses acima da média, mesmo que nunca tenha sido um grande gênio. Começou sua carreira cedo e causou ótima impressão no início. Fez várias boas atuações com a Jordan. Mesmo com a Stewart, uma equipe muito fraca, o brasileiro deixou sua marca. Em algum ponto de sua carreira foi uma grande promessa na Fórmula 1.
E aí Barrichello se juntou à Ferrari com o sonho de ser campeão. Mas sumiu à sombra de Michael Schumacher. O mesmo piloto que teve sua ascenção meteórica após a morte de Senna e assim ganhou a injusta antipatia de muitos brasileiros. Ser segundo piloto de Schumacher era difícil de engolir para os brasileiros, inclusive ao que vos escreve.

Junto com o fato de não ter sido campeão o brasileiro foi protagonista de momentos um tanto inusitados no mundo da Fórmula 1, temperados com não raras declarações de conteúdo duvidoso. Foi um prato cheio para os torcedores que amam tanto quanto odeiam.
Será então que mereceu todo esse descrédito durante anos? Com certeza não. Mas manteve sua cabeça erguida enquanto era respeitado dentro da categoria por seus chefes e colegas. Para ele era isso que importava. Isso e sua sempre declarada fé em sua própia capacidade. Rubinho sempre acreditou em si mesmo, por isso batalhou ano após ano mesmo sem conseguir um título, e assim continua perseguindo esse objetivo 14 anos depois. Hoje mais maduro e realista, Rubinho sabe que é quase impossível sair com um título mas enquanto se sentir competitivo e for requisitado vai continuar.

Muitas vezes considerado umas das personalidades mais afáveis da categoria é uma figura que eu gostaria muito de conhecer pessoalmente.

Um brasileiro certamente vitorioso em sua vida. Uma trajetória que deve ser tratada como indicativo a muitas coisas que fazemos na vida. Não foi um ídolo, mas fica como grande exemplo a todos.

Será nesse fim de semana?

Depois do turbilhão de sensações da última corrida no Japão e com o campeonato quase decidido a favor de Lewis Hamilton a corrida da China no próximo fim de semana chega com jeito de espetáculo menor, mas não menos decisiva do que a etapa de Fuji. Afinal se não chover e com Hamilton apenas tendo que chegar à frente de Fernando Alonso provavelmente teremos uma corrida menos emocionante que a anterior.

Os carros da Ferrari correm pra disputar entre si, já que Kimi tem 17 pontos de desvantagem, e apesar do papo que vai lutar até o fim na realidade não tem muito o que fazer em relação ao líder.

Já os treinos livres mostraram um equilíbrio dos maiores já visto esse ano. Com uma diferença de menos de 20 centésimos entre os três primeiros devemos esperar por uma disputa apertadíssima para a pole e também para corrida. Nenhum dos dois carros parece ter vantagem para o traçado de Xangai.

Alonso vem forte pra essa corrida ao que parece, e vai tentar adiar para o GP do Brasil a coroação do campeonato do rival, que vai precisar de muito azar para perder esse título.
Para Felipe Massa resta tentar descontar alguma diferença em relação a Kimi Raikkonen, com 10 pontos de desvantagem dificilmente o brasileiro consegue a terceira colocação no mundial.
Será que ele chega como segundo piloto para o ano que vem? Ou na verdade ele correu melhor que Raikkonen esse ano? Fica difícil dizer, já que se brasileiro foi mais combativo, deu mais show que seu companheiro, Kimi teve mais vitórias, subiu mais vezes ao pódio e na segunda metade do campeonato teve um desempenho muito mais regular que o brasileiro. Mais para frente vou discutir por aqui a queda de rendimento de Felipe Massa, que começou o ano fortíssimo.

Hamilton vem tranquilo para essa corrida, vai brigar pela vitória, mas dependendo da posição de Alonso acredito que o inglês leva o resultado que der pra casa, sem arriscar uma taça quase ganha. Já vimos do que Hamilton é feito, pra ele não falta quase nada.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Audi RS6


Uma amostra da nova Audi RS6 que vai chegar ao mercado nos próximos meses. É o carro mais potente fabricado pela Audi até hoje. Com um motor de 10 cilindros em V e dois turbos gerando 580 cv de potência se espera um desempenho assombroso desse novo modelo.
Por fora o visual musculado já conhecido dos modelos RS da Audi, dessa vez com pára-lamas alargados inspirados no Audi Quattro de rali que fez muito sucesso no começo dos anos 80 e lançou o sistema de tração nas quatro rodas para os carros de produção.

Por enquanto foi apresentado apenas na versão perua. O RS6 vai concorrer com o famoso M5 de 507 cv da BMW e o menos notório mas não menos capacitado E 63 com um V8 de 514 cv da Mercedes-Benz.

A guerra de potência travada entre as três montadoras de luxo alemãs não tem data pra acabar. Enquanto isso a gente curte com esse modelos super potentes como a RS6.

Abraços.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Chicotadas.

A consagração de Lewis Hamilton numa corrida onde a destreza comum ao pilotos da Fórmula 1 ficou em evidência, não se enxergava muita coisa mas os jovens estavam lá com seus carros a 300 km/h.
Chicotadas:

- Lewis Hamilton, além de estar a um passo do título, mais uma vez colocou em xeque o talento de Fernando Alonso ao abrir vantagem sobre ele debaixo de chuva. Errou menos e foi mais rápido. Afinal o que mais se pode esperar do estreante?

- Parece que existe uma espécie de "tocha" que se passa de campeão a campeão. Para Schumacher ser campeão, Senna bateu, para Alonso ser campeão Schumacher estourou seu motor depois de dezenas de corridas sem nunca isso ocorrer e agora Alonso bate depois de 14 provas seguidas marcando pontos. Parece que cada um tem seu ano e parece que esse é o ano Hamilton, por isso apostei minhas fichas nele.

- Que bobagem que a Ferrari cometeu, com aquele dilúvio mandar seus carros com pneus intermediários foi atitude de amador ou até de desespero na procura de um milagre. E Felipe Massa ainda vem com a história de que Raikkonen recomendou esse pneus. Quem foi mais "estúpido"?

- Falando em besteiras por que diabos Felipe resolveu ultrapassar com o safety car? Foi a segunda vez no ano que o brasileiro simplesmente ignora as regras. E se deu mal nas duas.

- Vendo o lado bom foi um grande desempenho do brasileiro. Quem acompanhou pelo live timing viu que Felipe tinha um grande rimto de corrida, era bem constante. Em poucas voltas alcançava quem estava à sua frente, e passou vários carros. Não deveu nada a Kimi Raikkonen, na verdade sua volta mais rápida foi melhor que a do finlandês. E andou o tempo todo bem pesado.

- Será que Felipe deixou pra trás a imagem de que anda mal na chuva?

- Corridaça de Vettel e Kovalainen, dois pilotos ainda verdes, mostraram que têm talento e devem ser observados com atenção. Kovalainen a cada corrida vai enterrando mais Fisichella.

- Mesmo jogando fora seu primeiro pódio Vettel ainda merece aplausos. E Mark Webber também.

- A imagem de Vettel chorando foi realmente tocante. Uma emoção a mais nesse esporte.

- Uma coisa bem curiosa foi a reação dos mecânicos quando Fernando Alonso bateu forte. Não houve reação. Alonso plantou, domingo colheu.

- Essa era uma corrida daquelas para Rubens Barrichello marcar seu ponto de honra esse ano. Pelo que já correu em sua carreira essa temporada não faz jus ao que ele representa como piloto de Fórmula 1. Pode não ter sido um gênio, mas sempre demosntrou ser rápido e batalhador. Mais do que vários de seus contemporâneos.

- No fim das contas a corrida não teve tantos abandonos como poderia ter havido. Ainda bem.