sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Tributo a um brasileiro.


Ele faz uma de suas piores temporadas num longa carreira na Fórmula 1, mas anda com a mesma perseverança de anos atrás. Por isso uma pequena homenagem a Rubens Barrichello, piloto brasileiro na categoria máxima do automobilismo mundial desde 1993. E por que não lembrar dele?

Após a morte de Senna, milhares de fãs de Ayrton esperavam que Rubinho de alguma forma reproduzisse as glórias do tricampeão nas pistas.
Talvez por ter justamente herdado os fãs do maior ídolo do esporte brasileiro depois de Pelé Barrichello esteve sempre no olho do furacão. Surgiu no lugar certo na hora errada. Era dele a "responsabilidade" de continuar o legado deixado por Ayrton Senna pensaram todos. E por isso sua figura foi alçada à posição de João Bobo dos fãs e dos nem tão fãs por todo o país. Ayrton foi um fenômeno dentro de uma categoria que é formada apenas por atletas acima da média.

Rubens foi um desses acima da média, mesmo que nunca tenha sido um grande gênio. Começou sua carreira cedo e causou ótima impressão no início. Fez várias boas atuações com a Jordan. Mesmo com a Stewart, uma equipe muito fraca, o brasileiro deixou sua marca. Em algum ponto de sua carreira foi uma grande promessa na Fórmula 1.
E aí Barrichello se juntou à Ferrari com o sonho de ser campeão. Mas sumiu à sombra de Michael Schumacher. O mesmo piloto que teve sua ascenção meteórica após a morte de Senna e assim ganhou a injusta antipatia de muitos brasileiros. Ser segundo piloto de Schumacher era difícil de engolir para os brasileiros, inclusive ao que vos escreve.

Junto com o fato de não ter sido campeão o brasileiro foi protagonista de momentos um tanto inusitados no mundo da Fórmula 1, temperados com não raras declarações de conteúdo duvidoso. Foi um prato cheio para os torcedores que amam tanto quanto odeiam.
Será então que mereceu todo esse descrédito durante anos? Com certeza não. Mas manteve sua cabeça erguida enquanto era respeitado dentro da categoria por seus chefes e colegas. Para ele era isso que importava. Isso e sua sempre declarada fé em sua própia capacidade. Rubinho sempre acreditou em si mesmo, por isso batalhou ano após ano mesmo sem conseguir um título, e assim continua perseguindo esse objetivo 14 anos depois. Hoje mais maduro e realista, Rubinho sabe que é quase impossível sair com um título mas enquanto se sentir competitivo e for requisitado vai continuar.

Muitas vezes considerado umas das personalidades mais afáveis da categoria é uma figura que eu gostaria muito de conhecer pessoalmente.

Um brasileiro certamente vitorioso em sua vida. Uma trajetória que deve ser tratada como indicativo a muitas coisas que fazemos na vida. Não foi um ídolo, mas fica como grande exemplo a todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Na minha opinião o piloto brasileiro que mais merece um Tributo é o incrivel "José Carlos Pace", ou simplesmente "MOCO", um cidadão fora de série, um piloto sensacional e sobretudo um batalhador. Faltou ao Moco um pouco de sorte, pois competencia e talento ele tinha demais. Fica a minha sugestão para uma matéria sobre este que na minha opinião foi o melhor piloto brasileiro de todos os tempos...